“Mientras que el partido no comienza” - los clubes deportivos como espacios de contracultura, el caso del Estrela da Amadora (1951-1974)

Autores/as

  • Gil Gonçalves Instituto de História Contemporânea da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboa / Laboratório Associado para a Investigação e Inovação em Património, Artes, Sustentabilidade e Território (IHC - NOVA FCSH / IN2PAST)
  • Andreia Fontenete Louro Centro de História da Universidade de Lisboa (CH-ULisboa)
  • Daniel Freire Santos Instituto de História Contemporânea da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboa / Laboratório Associado para a Investigação e Inovação em Património, Artes, Sustentabilidade e Território (IHC - NOVA FCSH / IN2PAST)

DOI:

https://doi.org/10.20868/mhd.2023.24.4777

Palabras clave:

Estrela da Amadora, Estado Novo, contracultura, asociaciones deportivas, resistencia cotidiana.

Resumen

Este artículo pretende destacar el papel de los clubes y asociaciones deportivas como espacios de resistencia en contextos autoritarios, partiendo del caso paradigmático de un modesto club de fútbol de la periferia de Lisboa - Estrela da Amadora. Los vínculos entre el deporte y la política están bien documentados. Sin embargo, estos vínculos suelen subrayarse recurriendo a momentos y gestos de gran intensidad dramática, en los que la insubordinación y el inconformismo se exponen pública y audazmente. Por otro lado, al trasladar nuestra atención a las actividades desarrolladas por este club a lo largo de una década, pudimos comprobar las estrategias cotidianas de resistencia que promovía. La sede social de Estrela, uno de los espacios de sociabilidad más relevantes de la ciudad de Amadora, acogió una biblioteca con libros prohibidos, sesiones de juego ilegal y manifestaciones culturales firmadas por algunos de los más notables “subversivos” de la época. El propio boletín del club se utilizó para promover debates al margen de sus actividades deportivas, adquiriendo a veces tintes claramente programáticos. A partir de los años 50, la gestión del club fue asumida por opositores del régimen que lo utilizaron como plataforma para “saltarse” las limitaciones impuestas por la dictadura a la libertad de expresión y de asociación. Marcados por el acoso de la policía política y los conflictos con la iglesia, estos años retratan las posibilidades que la popularización del deporte abrió a la asociación política, especialmente en tiempos de represión. A pesar de ser, en algunos ámbitos, un caso excepcional, esperamos dar testimonio de que el estudio de los clubes y asociaciones locales puede revelar una cultura de resistencia que no se limitaba a los partidos o asociaciones políticas tradicionales. El objetivo es explorar un objeto de estudio historiográficamente minorizado, analizando fuentes impresas, materiales y orales “olvidadas” en el momento de hacer la historia de la oposición y resistencia al Estado Novo.

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Referencias

- Arquivos

Arquivo da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI)

Arquivo Municipal de Oeiras

Arquivo Nacional da Torre do Tombo (ANTT)

- Fontes impressas

Boletim do Clube de Futebol Estrela da Amadora (1951)

Notícias da Amadora (1973)

- Entrevistas

João Luís Santos Silva, realizada a 13-09-2021

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Publicado

2023-06-15

Cómo citar

“Mientras que el partido no comienza” - los clubes deportivos como espacios de contracultura, el caso del Estrela da Amadora (1951-1974). (2023). Materiales Para La Historia Del Deporte, 24, 118-131. https://doi.org/10.20868/mhd.2023.24.4777